sábado, 20 de março de 2021

Importancia das mascaras


 A HISTÓRIA E A IMPORTÂNCIA DAS MÁSCARAS NA REDUÇÃO DE RISCO DE INFECÇÃO RESPIRATÓRIA.



                             Imagem 1:Crianças fazendo uso de máscara.


A máscara frequentemente utilizada nos últimos tempos, é uma ferramenta usada para garantir um certo grau de proteção das vias respiratórias contra a intrusão de agentes patogênicos que podem causar disfunções do sistema respiratório.  A utilização das máscaras não é algo novo, sendo utilizada muito antes da pandemia do Coronavírus (SARS-CoV-2), ela é utilizada comumente pelos trabalhadores da área da saúde, como também por pessoas que sofrem de alguma doença infectocontagiosa ou de imunidade baixa,  para evitar a propagação ou inalação de vírus, bactérias, poeiras pelas vias respiratória. Este blog tem como objetivo descrever historicamente as máscaras, com ênfase no âmbito da saúde  e dar a conhecer sua grande importância na redução de riscos de infecções respiratórias. 


História da máscara: Do papel de objeto ritual a aquele  de proteção.

A máscara tornou-se um acessório de uso global nos tempos atuais, com uma grande importância. Ela existe desde a antiguidade e ocupou papéis importantes no decorrer do tempo. Antigamente, teve uma utilização essencial nos rituais eventos comemorativos ou religiosos: Por exemplo, nos funerais do antigo Egito, nos túmulos de Micenas ela foi colocada no rosto do falecido, que permitia manter suas características faciais intactas. Na Grécia Antiga, foi utilizada nas cerimônias de celebração aos Deuses.  Mais tarde, a máscara fará sua reaparição, desta vez no âmbito da arte, especificamente no teatro. Durante o período do Renascimento, tornou-se um surto em todo o continente europeu. Especialmente em virtude da famosa comédia italiana (Comedia dell'arte). 

Também serão atribuídas à máscara funções muito diferentes daquelas mencionadas anteriormente, a de proteção. Os momentos mais impressionantes da história que evidenciaram a máscara como objeto de proteção no campo da saúde estão associados às epidemias e pandemias.

Um dos primeiros registros importantes das máscaras foi durante o século XIV, marcado pela violenta peste bubônica costumeiramente chamada de peste negra. Onde os médicos cuidadores chamados de médicos da peste, usaram a memorável  máscara denominada “bico de pássaro", pois estas máscaras cobriam todo o rosto, com olhos circulares cobertos por lentes, e o compartimento pontudo na altura do nariz, era utilizado para depositar uma combinação de diversas ervas aromáticas, estas ervas tinham a função de proteger o médicdo ar com cheiro ruim. 

                                                  Imagem 2: Doutor da Peste Bubônica com a Máscara bico de pássaro.

  

No final do século XIX, especificamente no ano de 1897, surgiram as primeiras máscaras cirúrgicas que eram um pano amarrado no rosto utilizado por médicos para impedir a disseminação  de gotículas saliva ao estornudar ou espirrar, durante uma intervenção cirúrgica. Num dos seus estudos, no final do século XIX, pasteur descobriu a existência  de agentes infecciosos visíveis ao microscópio, assim o médico alemão Carl Flügge, demonstrou que esses novos microbios poderiam ser transmitidos de um indivíduo para outro, através de gotículas invisíveis a olho nu. Com essa descoberta começaram as pesquisas para a adaptação de uma máscara de proteção eficaz e objetiva.

                                                     

Imagem 3: Médico Wu Lien-Teh-1910


No começo do século XX, em 1910, na cidade de Manchúria, na China surgiu uma nova peste comumente chamada de Peste de Manchúria, com uma taxa de mortalidade de 100% em 48 horas.  Nesse momento, o médico Wu Lien-Teh, ao descobrir que a doença era transmitida pelo ar. Tomou como base  as máscaras inventadas depois dos estudos de Carl Flügge, colocando mais camadas de material para melhorar a capacidade de filtração. Essa epidemia foi o ponto de referência das máscaras  chamadas de “ Máscaras Modernas”.  Essas máscaras foram de comum utilização pelos profissionais de saúde, polícias militares e coveiros.                

                  



     A gripe espanhola  também

conhecida como

          gripe de 1918, foi uma

          vasta e mortal pandemia do

 vírus influenza.



Em 1918, com a pandemia da "gripe espanhola", as máscaras de proteção individual passaram a ser utilizadas por toda a população mundial geral para evitar o contágio indireto entre as pessoas e assim evitar a propagação do vírus. 

Nos tempos atuais, existe a máscara N95,  uma das mais conhecidas e mais utilizadas. Ela foi criada depois da invenção da fibra permitindo a filtragem, há aproximadamente 30 anos pelo cientista  Peter Tsai, nascido em Taiwan.  A máscara N95 na atualidade tornou-se instrumento imprescindível  de maior importância na prevenção do covid-19.


                             Imagem 4: Cientista de Materiais  Peter Tsaie e a N95



Importância da máscara

A máscara como objeto de proteção individual cumpre o papel importante de proteger o próprio indivíduo e ao mesmo tempo os outros que estão no seu entorno. Se protege na medida que evita a entrada de agentes externos nas vias respiratórias. Proteger os outros, no sentido que a pessoa doente, portando uma máscara dificulta o disperso de partículas expulsas do sistema respiratório que poderiam contagiar outros indivíduos. 


      Imagem  5:           Fazendo uso de máscara evita o contágio direto







Como podemos observar na imagem acima uma pessoa portadora de algum tipo de  vírus, bactéria ou outros, libera esses últimos no meio ambiente em quantidade menor se faz uso de máscara. Estando perto de uma outra pessoa que usa máscara, a probabilidade para essa pessoa se contagiar é menor do que uma pessoa que não usa a máscara de proteção. Foi comprovado a efetividade das máscaras em diminuir a capacidade de transmissão em curtas distâncias por contato direto ou indireto, impedindo assim a transmissão de um determinado tipo de doença respiratória. A utilização da máscara pode impedir que um vírus ou bactéria  se espalhe no espaço e no tempo. 


Nesta perspetiva, as máscaras constituem uma barreira contra a entrada e a saída  de partículas podendo ser  bactérias e vírus contidas nas gotículas liberadas  por uma determinada pessoa ao momento de falar, espirrar ou tossir, assim também evita a inalação de produtos químicos, poeira ou outros presentes em um determinado espaço. 



Vamos contribuir todos no combate das epidemias e pandemias usando nossas máscaras!














Referências

LEILA POSENATO GARCIA. Uso de máscara facial para limitar a transmissão da COVID-19. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v.29 n.2 , Abril de 2020.

The Art of medicine. A history of the medical mas and the rise of throwaway culture. Published online May 22, 2019.

SANDRA LOPEZ LEON, CIPATLI  AYUZO , CAROL  PERELMAN , ROSALINDA  SEPULVEDA, IRIS J.  COLUNGA-PEDRAZA, ANGÉLICA  CUAPIO , TALIA  WEGMAN-OSTROSKY. Cubrebocas en tiempos de pandemia, revisión Histórica, científica y recomendaciones prácticas. Dezembro de 2020.

Radio France International. Historia: ¿De dónde vienen las mascarillas que nos protegen de la Covid-19: https://www.rfi.fr/es/salud/20200818-historia-de-d%C3%B3nde-vienen-las-mascarillas-que-nos-protegen-de-la-covid-19

A mascara: https://www.medicina.ulisboa.pt/newsfmul-artigo/104/mascara

ESCRITO POR: BLANCA EUNISIA ZARATE RODRIGUEZ

        JERRY CANTAVE

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